
Nova cartilha da ABEP-TIC indica formas de sustentar o teletrabalho após a pandemia
Visando auxiliar as entidades públicas e estaduais a sustentar o regime de teletrabalho após a pandemia da Covid-19, a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP-TIC) criou a cartilha informativa “Teletrabalho no Setor Público”, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Governança Pública (IBGP).
As leis que regulamentam o teletrabalho normalmente não mencionam o serviço público. Por isso, a cartilha terá o papel de orientar esse setor, diferenciando os tipos de trabalho e orientando qual é a melhor forma de prosseguir com as diferentes adversidades trazidas por esse regime de trabalho.
Lutiano Silva, coordenador do projeto e presidente do Conselho da ABEP, explica que a motivação foi a pandemia e as mudanças forçadas no dia a dia do trabalhador. “A questão do teletrabalho não é mais uma escolha, é uma obrigatoriedade para manter o isolamento social e reduzir a curva de contaminação. O colaborador perde esse espaço de trabalho dentro do órgão público e os equipamentos do local. Agora, esse espaço de trabalho passa a ser a casa dele”, explica.
Segundo o documento, por ter sido implementado de forma súbita, esse regime ainda traz alguns obstáculos e riscos quando aplicado ao serviço público. O maior deles é o de o funcionário se considerar no direito irrevogável de continuar nessa prática após a pandemia, mesmo sem especificação no contrato de trabalho.
Além disso, outro ponto de atenção são os problemas trazidos pelo isolamento social: falta de ânimo e motivação para realizar as atividades, além das barreiras naturais de ter a casa como local de trabalho, como interrupções, problemas de rede e falta de concentração geral pelo ambiente.
Agora, cabe à ABEP fazer esse papel de orientar as associadas para a melhor forma de seguir com o teletrabalho como prática rotineira após a pandemia: “Contatamos o IBGP e, em conjunto com consultores que já têm experiência com o teletrabalho, iremos fazer essa mentoria e ajudar as associadas a ver como elas podem, através da cartilha, melhorar a cultura e a prática do teletrabalho”, finaliza.
